domingo, 17 de maio de 2015

75: La rose de minuit - Lucinda Riley

 Titulo: La rose de minuit
Titulo original: The midnight rose
Autor/a: Lucinda Riley
Editora: City
Páginas: 572
Género: Contemporâneo
Site autor/a: lucindariley
Sinopse original: Spanning four generations, The Midnight Rose sweeps from the glittering palaces of the great maharajas of India to the majestic stately homes of England, following the extraordinary life of a remarkable girl, Anahita Chaval, from 1911 to the present day . . .

In the heyday of the British Raj, eleven-year-old Anahita, from a noble but impov­erished family, forms a lifelong friendship with the headstrong Princess Indira, the privileged daughter of Indian royalty. As the princess’s official companion, Anahita accompanies her friend to England just before the outbreak of WorldWar I. There, she meets young Donald Astbury—reluctant heir to the magnifi­cent, remote Astbury Estate—and his scheming mother. 

Ninety years later, Rebecca Bradley, a young American film star, has the world at her feet. But when her turbulent relationship with her equally famous boyfriend takes an unexpected turn, she’s relieved that her latest role, playing a 1920s debutante, will take her away from the glare of publicity to a distant cor­ner of the English countryside. Shortly after filming begins at the now-crumbling Astbury Hall, Ari Malik, Anahita’s great-grandson, arrives unexpectedly, on a quest for his family’s past. What he and Rebecca discover begins to unravel the dark secrets that haunt the Astbury dynasty . . .

Opinião: Este livro começa com o relato de uma centenaria indiana, Anahita, uma mulher que nunca aceitou algo que todos dão como verdadeiro a morte do filho mais velho quando era criança. Para ela ele continuava vivo, porque ainda não escutara o canto da morte, e uma mãe sabe sempre quando perde uma parte da sua alma. Uma dia esse canto é escutado, mas a procura para ela não deve terminar. Encarrega o bisneto mais velho da procura, e de dois documentos: uma extensa carta aonde ela explica e conta a sua vida, e o óbito que lhe tinham dado com a data que ela alterou. Este livro é o relato de um amor impossível para a época, um amor entre raças diferentes, forte, mas cuja sociedade não aceitava. É sobre um amor que por mais forte que fosse os inimigos também o eram. É um livro com bastante drama. A escrita é poética, mas com capítulos um pouco lentos. O estilo da autora mantém-se: a intriga é dividida entre o passado ( que eu adorei apesar do drama), e o presente ( menos explorado o que foi pena). Presente, a intriga centra-se em dois personagens:
Ari: bisneto mais velho de Anahita, é o seu preferido, herdou do misterioso bisavô os olhos azuis. É o mais ambicioso da família, o que o torna no inicio do livro em alguém detestável: narcisista, preocupado em ter mais e mais, egoísta. A sede de poder leva-o a “esquecer” o pedido da bisavó. Passam anos e é preciso um desgosto amoroso, ou melhor um pontapé no ego da companheira que farta de esperar, sai de casa e aceita o casamento de conveniência feito pela família, para “acordar”. A carta da bisavó serve como novo objectivo, algo que dará um novo sentido à vida. Aproveita uma viagem de negócios em Inglaterra para investigar a estadia da bisavó. A investigação leva-o a uma mansão Astbury, que esconde muitos segredos. Nesta mansão vai conhecer Rebecca com quem estabelece uma ligação.
Rebecca: actriz americana famosa. A vida pessoal esta um caos, e o novo filme é uma escapatória que vem no melhor momento. Viaja para Inglaterra para rodar um filme de época. As gravações são feitas numa antiga mansão. É lá que fica hospedada. Uma casa com habitantes um pouco estranhos, uma governanta um pouco condescende que decide cuida-la como uma mãe, e um proprietário solitário, fechado. Mas o mais espantoso é quando descobre um quadro de Lady Violette uma americana que nos anos 20 casou com o proprietário, e verifica que poderiam ser gémeas. Esta semelhança irá ter estranhos efeitos no proprietariado.
No passado: os cenários dividem-se entre a Índia e Inglaterra, os personagens principais:
Anahita: é prima de reis, mas a mãe optou por um casamento de amor com alguém considerado inferior. A educação dela foi atípica, o pai era um nacionalista liberal, que lhe deu uma educação reservada aos rapazes, a mãe era uma curandeira, com um dom, que lhe passou a ela. De uma vida simples passa para uma vida opulenta como companheira de uma prima quando o pai falece. Mas é outra princesa que vai alterar o rumo da sua vida. Sua nova companheira vai acompanha-la a Inglaterra, o que lhe permite estudar num colégio reputado. Esta fase da personagem relata vários anos, com altos e baixos, com desilusões e alegrias. Mas é graças a esta viagem que conhece Donald com quem vai viver um grande amor, interrompido pela guerra e pelas maquinações da mãe dele desesperada por salvar a casa familiar.
Donald: o herdeiro de uma casa e terras que precisam de dinheiro desesperadamente. A guerra da-lhe outra prespectiva da vida. Apaixonado pela Anahita esta disposto a vender tudo e a chocar a sociedade. Não estava à espera da mãe e da sua própria imaturidade, sim ele teve culpas a meu ver. Faz uma escolha que mais tarde se arrepende. Vai tentar conviver com a escolha e o o seu amor, o que vai dar péssimos resultados.
O final é dramático, é muitos sentidos. Existem personagens secundários muito interessantes como a Lady Violette, a melhor amiga dela ou mesmo a mãe dele que como vilã cumpre os requisitos. A autora deixa um epilogo que me deixou num inicio sem reacção, pode-se dizer que foi maquiavélica. Em resumo apesar de algumas cenas lentas este é um grande romance.
Nota: 4 /5

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