206: La colline aux esclaves - Kathleen Grissom

 

 

Titulo: La colline aux esclaves

Titulo original: The kitchen house

Autor/a: Kathleen Grissom

Editora: France Loisirs

Páginas: 544

Género: Romance historico

Site autor/a: http://www.kathleengrissom.com/

Desafio 2014 : new author 

Sinopse original: When a white servant girl violates the order of plantation society, she unleashes a tragedy that exposes the worst and best in the people she has come to call her family. Orphaned while onboard ship from Ireland, seven-year-old Lavinia arrives on the steps of a tobacco plantation where she is to live and work with the slaves of the kitchen house. Under the care of Belle, the master's illegitimate daughter, Lavinia becomes deeply bonded to her adopted family, though she is set apart from them by her white skin.

Eventually, Lavinia is accepted into the world of the big house, where the master is absent and the mistress battles opium addiction. Lavinia finds herself perilously straddling two very different worlds. When she is forced to make a choice, loyalties are brought into question, dangerous truths are laid bare, and lives are put at risk

Opinião: Apesar de a autora não chegar a ser explicita nas cenas, este é um livro violento, o que em parte é normal, porque a época na qual decorre a historia não é pacifica, e este é um tema sobre a escravatura negra e branca. A intriga é contada por duas personagens, que acompanhamos ao longo da sua vida:

Lavinia: criança irlandesa, que perde os pais na viajem de barco. Para não perder dinheiro, o capitão do barco vende o irmão dela, e fica com ela como doméstica. Cresce no meio dos escravos, cria uma família amigos. Cresce no meio de 2 mundos os dos escravos e a dos brancos da casa grande sem pertencer a nenhum. Este facto vai ter consequências quando mais tarde passa a ser a senhora da casa. É um pouco inocente apesar de todas as crueldades. Fica fascinada por uma “imagem”, e quando a realidade do seu casamento lhe “cai” em cima, fica sem reacção.

Belle: mestiça, filha de uma escrava e do capitão do navio. Foi criada pela avó como uma branca, mas quando esta morre e o pai casa de novo é relegada para as cozinhas. O pai gosta dela, mas fica sempre a adiar a liberdade, e esconde o segredo da ligação entre os dois, o que vai levar a que haja outras interpretações, que no futuro são trágicas. Vai se tornar numa mãe adoptiva para Lavinia.

É através das historias destas duas personagens que somos inseridos num mundo onde o valor de cada um se resume à cor da pele e à posição social, ao abandono e covardia, diferentes tipos de covardia, porque se o Capitão tivesse feito as coisas de outra forma, tivesse escutado as alegações contra o tutor do filho legitimo, acredito que a maioria das desgraças não teriam acontecido, mesmo ele impedindo que a Belle estivesse com outro escravo por quem estava apaixonada.

Alguns personagens:

Marshall: filho legitimo. O pai passa mais tempo fora no barco do que em casa, e a mãe passa a vida sobre o efeito do opium, o que deixa o caminho livro para que o tutor se “aproveite”. Como ninguém o ajuda volta-se para o capataz um homem violento, cruel, bêbado, que alimenta o ódio pelos negros e sobretudo pela Belle que todos acreditam ser a amante do Capitão.

Mama Mae: é a mãe de todos, o pilar dos escravos domésticos e da própria casa. Mulher que dentro do possível, luta pelos seus, até às ultimas consequências.

Ben: filho biológico da mae, apaixonado pela Belle. Vai ser culpado de algo que não fez e marcado a vida, o que faz com que perda alguma da sua “força” e se torne mais vulnerável.

Papa George: escravo companheiro de Mae. Personagem importante para todos. Para Lavinia ele é o seu pai.

Madame Martha: esposa do capitão, vive isolada, abandonada pelo marido. O casamento não é a grande festa que imaginou, e os consequentes abortos fazem dela dependente do opio.

Jamie: é branco, mas escravo filho de dois personagens deste livro, foi o resultado de uma violação. A descoberta das suas raizes vai ser um choque, acredita que é branco e filho de Madame Martha. A verdade tem um efeito de uma bomba.

Nota: 4/5