quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Citações sobre livros ou leituras


Tadução livre

 
 
 
 
 




 
 
 
(…) Deudermont ensinou-me uma forma de melhor me comportar,
 
tenho que ter consciência, sem nunca pronunciar uma palavra sobre

 o tema, que exigir de um outro, que ganhe o meu respeito é um

 acto arrogante por si, já que nos coloca em valor, e que pela sua

 natureza implica, que o vosso respeito vale a pena de ser ganho. (…)




(…) um insulto é um, quando alguém se prende ao respeito, à

estima, assim que a mais perigosa das qualidade: o orgulho. (...)



Drizzt em “The halfling's gem” do autor R. A. Salvatore

Livro n.° 34


Titulo: Le joyau
Titulo original: The halfling'sgem – The legend of Drizzt
Autor/a: R. A. Salvatore
Editora: Milady
Paginas: 476
Género: Fantasia
Site autor/a: http://www.rasalvatore.com/

Sinopse original: Join Drizzt Do'Urden, the world's most famous drow elf, on his adventures in the Forgotten Realms!
Regis has fallen into the hands of the assassin Artmis Entreri, who is taking him to Calimport to deliver him into the clutches of the vile Pasha Pook. But Drizzt and Wulfgar are close on their heels, determined to save Regis from his own folly as much as from his
Opinião:
6° livro da série. Este livro encontra-se dividido em 3 partes, o autor volta a introduzir um epilogo no meio da intriga, que eu continuo a achar desnecessário. Achei que , tirando uma ou outra informação, as 2 primeiras partes acabavam por ser mais do mesmo, o cenário e personagens diferentes, mas a mesma intriga dos livros anteriores. O melhor sem duvida a 3° parte, mais historia, desenvolvimento de personagens e cenários mais interessantes. O único senão, fiquei um pouco espantada quando me apercebo que o autor dedicou à tomada de Castelmitrhal nem uma pagina..... e no epilogo final. Eu sei que o tema do livro era outro, mas a tomada de Castelmitrahl é algo importante na historia. Com este livro fecha-se mais um ciclo. E após 6 livros, Drizzt finalmente consegue o que para ele deve ser o mais importante: paz consigo mesmo, a aceitação daquilo que é a da cor da sua pele. Outro aspecto a salientar nestes livros, são os excertos de um diário do Drizzt no inicio de cada parte, nele o autor escreve no fundo aquilo que ele pensa sobre a sociedade, a humanidade, Deus, etc. é interessante ler a opinião sobre alguns assuntos. Em relação à intriga, após o rapto de Régis os seus amigos decidem ir salva-lo. E são essas aventuras que vão ser relatadas nas 2 partes iniciais. A retirar destas partes mais informação sobre o Régis e o Artémis. Na 3° parte é à « salvação », e informações algumas que nem suspeitava. Em relação ao romance, neste livro o autor planta as sementes do triângulo amoroso : Drizzt, Catte-Brie, Wulfgard, apesar da vantagem par o casam Catte-Brie / Wulfgard. Gostei de conhecer uma parte do Drizzt desconhecida. Como sempre muitos personagens, alguns deste livro :
Harpers : família de feiticeiros e feiticeiras, originais, excêntricos, já apareceram no livro anterior, vão ajudar os personagens
Pacha Ama : é o « padrinho », chefe de um bando de criminosos do sul dos Reinos Esquecidos. Odeia o Régis e quer vingança, por lhe ter roubado o rubi com o qual tornava « amigos » inimigos, e escravos os amigos. Esta pedra é fundamental para o seu sucesso. Cruel, vaidoso.
LeValle : feiticeiro ao serviço de Ama, e estranhamente amigo do Artémis
 
Rassiter : chefe dos ratos-homens, após a partida do Artémis à caça do régis, torna-se socio do Pacha Amas.
 
Nota: 8/10







terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Novas tecnologias

Sabiam que podiam pedir um autografo digital? Eu não. Uma empresa chamada Autography que além de vender ebooks, permite o pedido de autografo sem custos adicionais, nem para o leitor, nem para o autor. Também permite fotos, basta tirar uma com a camâra da tablete/telefone, etc, junto ao escritor, e passados minutos recebe-la autografada. Eu e as tecnologias.... mas não deixo de reconhecer a ideia :)
um video demonstrativo

Citações sobre livros ou leituras


Tradução livre
(…) Para aprender a utilizar uma espada, é necessário antes saber quando utiliza-la e dominar esse saber.(...)
 
Drizzt em “Streams of silver” do autor R. A. Salvatore
 
nota:  a imagem pode não ter muito a ver com a frase, mas achei piada  :)

Livro n.° 33


Titulo: Les torrents d'argent
Titulo original: Streams of silver – The legend of Drizzt
Autor/a: R. A. Salvatore
Editora: Milady
Paginas: 476
Género: Fantasia

Sinopse original:
Drizzt Do'Urden struggles with his own inner voices, voices that call him back to the pitiless depths of the Underdark. But louder still are the voices of his newfound friends, and the dream that drives Bruenor Battlehammer on to reclaim Mithral Hall. Time and again
Opinião:
5° livro da série. A historia deste livro é a de uma cruzada, da realização de um sonho e de uma promessa, através de uma busca cheia de perigo e de coisas inesperadas a cada esquina. Para mim, de todos os livros que já li da série, é o que se assemelha mais a um jogo de vidéo, pela dinâmica dos personagens e cenàrios. Nota, 1° vieram os jogos e só depois os livros. Esta busca ao longo dos Reinos Esquecidos vai ser levada a cabo por 4 amigos, todos eles com motivos diferentes para o fazer:
Bruenor: durante toda a sua vida sonhou com a montanha aonde os seus antepassados viviam e das quais forma misteriosamente expulsos. A única coisa que existe são lendas, e algumas lembranças dos anões mais velhos do tempo em que eram ainda crianças. Agora quer encontrar Castelmithal, voltar a casa, vingar-se, finalmente ser rei de pleno direito. Vai aprender que os sonhos por vezes tem custos elevados.

Drizzt: vai porque foi apanhado numa “armadilha” pelo Bruenor. Prometeu a este que o acompanharia, quando pensava que ele estaria nas a morrer. Nesta viagem vai sofrer um desgosto, uma esperança que possui-a vai ser desfeita, e vai perder 2 dos seres mais importantes da vida dele.

Wulfgard: acompanha Bruenor, porque o quer proteger e ajudar, mas também porque é jovem e esta sedento de novas experiências, conhecer outros locais. Junta o útil ao agradável.
Régis: vai como ultimo recurso, como sempre porque tem que fugir... Descobre que a fama e as “luzes da ribalta” tem os seus inconvenientes, quando estas surgem na forma de um assassino contratado pelo seu antigo chefe para recuperar o rubi. Por isso nada melhor do que escapar de cidade e acompanhar os 3 amigos, que por acaso são grandes guerreiros e vão para parte incerta.

Este livro termina de uma forma muito emocionante, e com uma interrogação sobre a pantera a companheira espiritual do Drizzt. Em relação ao romance, é raro, muito subtil, mas temos direito a um beijo entre o Wulfgard e a Catti-Brie, a filha adoptiva do Bruenor.  Como sempre vários personagens, deste livro destaco:

Catti-Brie: humana, filha adoptiva de Bruenor. Vai ser raptada pelo assassino que procura Régis para servir como moeda de troca. Vai ter um papel decisivo na luta final em Castelmithral.

Artémis: assassino frio e implacável, contratado pelo chefe de um bando de criminosos para encontra Régis e o rubi. Vai se aliar a um grupo de magos. Entre ele o Drizzt vai surgir um desafio pessoal que ira ser desenvolvido no próximo livro.

Sydney: aprendiz de feiticeira, vai fazer parceria com o Artémis, pronta a tudo para agradar o seu mestre.

Dendybar: feiticeiro que no livro anterior manipulor Kessel a matr o seu mestre Monkai. Esta interessado em obter o “Brilho de cristal” e o seu poder, para isso esta disposto a tudo, desde alianças com assassinos, criação de monstros, e mesmo a invocação do espirito de Monkai. Quer a todo o custo apanhar Drizzt que acredita ter a pedra maléfica.

Nota: 8,75/10




segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Sem palavras, magnifico trabalho

Estes trabalhos são elaborados pela escultora inglesa Sue Blackwell e a técnica papercutting.
Não são precisas palavras, clicar na imagem para ampliar






Dados sobre a escultora e mais informações:
site
Blog
Loja virtual




Citações sobre livros ou leituras


Tradução livre

(…) A nostalgia é talvez a maior mentira que nós mantemos. A nostalgia é o esplendor que conferimos ao passado para moderar as sensibilidades do presente. Em alguns, esta mentira trás um certo conforto: permite a reconciliação entre si mesmo e as suas raízes. Mas outros, tenho receio, agarram-se demasiado a essas recordações deformadas, e por essa razão ficam cegos às realidades que os rodeiam. Quantas pessoas sonham do “tempo que passou, mais simples e mais doce”, pergunto-me, sem nunca olhar a verdade de frente. Não seriam eles que na época eram mais simples e clementes, e não o mundo que os rodeava? (…)

Drizzt “ streams of silver” do autor: R. A. Salvatore

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Citações sobre livros ou leituras


Tradução livre

(…) A tradição. É a raiz daquilo que nós somos, o laço que nos liga ao nosso património, a chamada de atenção ao facto de que, enquanto povo, se não enquanto individuo, atravessaremos os anos. Para muita gente e numerosas sociedades, a tradição é o pilar da mesma e a lei, um traço de identidade durável que proíbe as reivindicações antagónicas dos fora-da-lei ou da má condução do renegado. É o que faz eco profundamente nos nossos corações, espíritos, e almas, e que nos relembra que nós somos, a afirmação daquilo que fomos. (…)
Drizzt em “The crystal shard” do autor R. A. Salvatore
 
 
foto: Vlad Gerasimov

Livro n.° 32





Titulo: L'éclat de cristal
Titulo original: The crystal shard – The legend if Drizzt

Autor/a: R. A. Salvatore
Editora: Milady

Paginas: 480
Género: Fantasia


Sinopse original:
Drizzt Do’Urden has settled in the windswept towns of Icewind Dale. There, he encounters a young barbarian named Wulfgar, captured in a raid and made the ward of a grizzled dwarf name Bruenor. With Drizzt’s help, Wulfgar will grow from a feral child to a man with the heart of a dwarf, the instincts of a savage, and the soul of a hero. But it will take even more than that to defeat the demonic power of Crenshininbon, the fabled Crystal Shard.

 
Opinião: 4° livro da série e curiosamente o 1° a ser escrito pelo autor. Estou a ler pela ordem cronologica. Com este livro inicia-se um novo ciclo, em que o Drizzt participa na intriga, mas perde protagonismo para outros personagens. Este livro continua a ser um bom livro de fantasia classica. Dividido em 3 partes, o que me surpreendeu foi o epilogo no final da 2° parte, achei estranho, e para mim era algo desnecessário. A intriga e os 3 cenários tem como base uma pedra maléfica conhecida como o “Brilho de Cristal”.
1° parte: a intriga gira à volta do surgimento da pedra no mundo material (o nosso), e a possessão de um humano pela mesma. Da influência desta ao aumentar a sede de poder, vingança, e crueldade no humano. É apresentada o aglomerado de vilas sob o nome Dez-Cidades, os seus representantes e o conselho que rege, as suas divisões, “guerras”, ambições. Povos que só graças à magia se unem para se defenderem. Em relação aos personagens, o autor foca-se mais no Bruenor, chefe dos anões e amigo do Drizzt.
2° parte: batalha terminada, Bruenor salva da morte um jovem bárbaro, tornando-o seu escravo por um período de tempo. Mas ao longo desse período a relação deles evolui. É interessante ver o Bruenor a tentar esconder o quanto gosta dele e se orgulha. O outro ponto da intriga diz respeito à sede de poder e à criação de um exercito pelo humano possuído pela pedra, para tomar de força Dez-Cidades. E desta vez a união entre as vilas é impossível.
 
3° parte: a nível de personagens é o jovem Bárbaro que ganha relevância, após a libertação parte para cumprir uma promessa e para reivindicar o trono do seu povo. Jovem que agora é um homem, um guerreiro graças ao ensino do Drizzt na arte do combate. E claro é a hora da batalha final. Com uma vitoria que se poderá considerar vitoria?
É um livro cheio de acção, lutas, conspirações, mas com momentos de humor. O autor foca-se muito sobre a ganância e a influência deste no homem e suas escolhas. Em relação ao romance, bem, quase nada, existe um interesse entre a filha humana que o Bruenor adoptou, e o jovem bárbaro que ele salvou. Este livro como os restantes tem muitos personagens, alguns:
Akar Kessel: aprendiz de um feiticeiro, algo lento, deixa-se convencer a matar o seu mestre, o único que não o humilhava. Após o assassinato é deixado numa montanha para morrer, mas encontra a pedra maléfica, e deixa-se possuir para se poder vingar, e finalmente ser respeitado. Torna-se num homem com poder, mas muito cruel e vaidoso.
Régis: halfelin, amigo de Drizzt, antigo ladrão, fugiu para a Dez-cidades para evitar ser morto pelo seu antigo patrão ao qual roubou um rubi com poderes de persuasão. É um gabarolas, medricas, e que gosta das “luzes da ribalta”.
Wulfgar: é o jovem barbaro que Bruenor “salva” apos os seu povo ter perdido a guerra com Dez-cidades. Como castigo tem de trabalhar como escravo nas minas dos anões durante 5 anos e 1 dia. Apesar de disfarçarem, a relação entre ele e Bruenor é de pai filho. Vai ser aluno de Drizzt. Quando é libertado vai cumprir uma promessa e desafiar o rei do seu povo, mas volta para ajudar os amigos que deixou.
Nota: 8,5/10




 




sábado, 23 de fevereiro de 2013

Musica do dia

Para mim a melhor versão da musica Aicha do cantor Khaled
Outlandish - Aicha 
 
 
a versão original
 
 Cheb Khaled - Aicha
 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Livro n.° 31


Titulo: Terre promise
Titulo original: Sojourn – The legend of Drizzt
Autor/a: R. A. Salvatore

Editora: Milady
Paginas: 439

Género: Fantasia
Site autor/a: http://www.rasalvatore.com/

Sinopse original: Drizzt Do'Urden emerges from the underdark into a world of eye-searing light and bizarre new creatures - a world teeming with life and almost limitless danger. For a dark elf born into the ruthless matriarchy of Menzoberranzan, the World Above can be a confusing place, but it can also be a place of second chances, new beginnings, and unimagined friedships. All he has to do is live long enough to convince the surface dwellers he means them no harm.



Opinião:
3° livro da série. O melhor de todos os que li até ao momento, houve mais intriga, e achei o personagem principal mais interessante. Vemos um Drizzt, muito vulnerável, inocente, em sofrimento, que apenas quer um lugar em que se sinta em casa. Este livro teve momentos bastante emotivos. Neste livro acompanhamos o percurso de drizzt no mundo da superfície, em todos os perigos que o rodeiam, nas novidades, no medo e terror que desperta a cor da sua pele. O percurso de drizzt é tudo menos fácil. Apesar de a intriga estar dividida em varias partes, eu reduziria para 3:
- a 1° relativa com o choque de descobrir o mundo superior, os primeiros passos, e o primeiro desgosto e sofrimento. Nesta parte a culpa e a solidão de Drizzt é uma constante;
- a 2° parte relativa a um dos períodos mais felizes do Drizzt. Ao aparecimento de um amigo, que não só o aceita, como lhe ensina tudo o que sabe sobre o mundo da superfície, sobre os humanos, e outros seres.
- a 3° parte relativa a um período de transição para algo novo. Nesta parte Drizzt, volta novamente a estar sozinho, e à procura de um lugar a que sentir como seu e em que seja aceite. As dificuldades são muitas, entre terror, desprezo, e ódio, Drizzt volta a duvidar até que alguém confia nele, e consegue ver o seu “coração”.
A intriga tem bastante acção, um crime, vingança. E personagens secundários muito interessantes alguns:
Montolito: fez parte dos malandros/vagabundos, um grupo de aventureiros que investiga mortes, defende povoações - espécie de policias. É humano, cego e vive isolado numas montanhas, tendo como companhia vários animais com só quais tem uma ligação. Vai recolher o Drizzt, e ensina-lo. Esta parte do livro é a minha favorita, adorei a relação dele com o Drizzt.
McCartilage: humano, caçador de recompensas. Odeia o Drizzt por vários motivos relacionados com a intriga. Personagem detestável, vai ao longo do livro efetuar uma perseguição, utilizando todos os meios para o destruir.
Tephanis: duende, vai-se aliar com vários inimigos do Drizzt. Começa como divertimento perverso, e termina como uma vingança contra ele.
Kellindil: elfo de superfície, começa por desconfiar do drizzt, mas depois ajuda-o mesmo sendo à distancia.
Bruenor: anão. Rei, um sonhador, teimoso. Aparece na parte final e vai “funcionar” como elemento de fecho de ciclo.
Catti-Brie: humana adoptada por Buenor. Teimosa como o pai, neste livro aparece ainda criança, teve grande influência no final, devido a algo que faz e diz. Esta personagem vai ter muita importância nos seguintes livros.
Em conclusão: excelente livro de fantasia, com muitas lutas, personagens interessantes, intriga que tem de tudo. Romance ainda não tem.

Nota: 8,5/10



Musica do dia

Agnes Obel - Brother Sparrow 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Citações sobre livros ou leituras


Tradução livre

(…) A alma. Ninguém a pode quebrar, e ninguém a pode roubar. Uma vitima à beira do desespero poderá duvidar, e o seu perseguidor fazer-lhe acreditar o contrario. Mas, na realidade, a alma continua, profundamente escondida, mas nunca desaparecida. (…) As características do corpo não podem ser separadas da racionalidade do espírito, das emoções do coração. É a soma dos 3 que faz de um nós um ser único. É da harmonia entre o corpo, espírito e coração que nasce a alma. (…) a chama da alma não se pode apagar que somente com a morte. E um reino de cadáveres não é da nenhuma utilidade a um despota. A alma é resistente, indomável. (…) A alma é a força do herói, a resistência da mãe, e a armadura do pobre. Ninguém a pode quebrar, ninguém a pode destruir. E é nisso que eu quero acreditar. (...)
Exile” do autor R. A. Salvatore

Citações sobre livros ou leituras


Tradução livre

(…) Ainda não entendes-te? - exclama Zak. Perder é morrer! Tu podes ganhar um milhar de vezes, mas basta perder um para morrer!(...)

(…) A verdade que conhecemos não vale nada, se não vivermos para ela, e os princípios não são que vento se o idealista não se esforça para os realizar. (...)

Homeland” do autor R. A. Salvatore

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Livro n.° 30


Titulo: Terre d'Exil
Titulo original: Exile – The legend of Drizzt
Autor/a: R. A. Salvadore
Editora: Milady
Paginas: 406
Género: Fantasia

Sinopse original: As I became a creature of the empty tunnels, survival became easier and more difficult all at once. I gained in the physical skills and experience necessary to live on. I could defeat almost anything that wandered into my chosen domain. It did not take me long, however, to discover one nemesis that I could neither defeat nor flee. It followed me wherever I went–indeed, the farther I ran, the more it closed in around me. My enemy was solitude, the interminable, incessant silence of hushed corridors.
 

 
 
Opinião:
2° livro da série. A leitura deste livro pareceu-me mais fácil do que a leitura do anterior, motivo, já informação essencial já era conhecida, e não ia sendo disponibilizada. Esta intriga segue a anterior, ou seja, a procura do verdadeiro eu do Drizzt, da sua busca para saber se é possível uma sociedade que não regida pelo egoísmo, crueldade, traições. A 1° parte e a ultima do livro, são bastante filosóficas. A intriga da um salto no tempo: 10 anos. Após a sua fuga para o Outro-mundo, Drizzt teve que deixar vir ao de cima a sua parte sombria, de forma a sobreviver num mundo agreste e desconhecido, a que chama o Caçador. A única companhia é a companheira, mas apenas pouco tempo e nunca todos os dias. Com medo de enlouquecer, e de se submeter à sua parte sombria, toma uma decisão extrema, procura refugio na casa do maior inimigo dos Drow, na cidade dos gnomos. A partir deste momento começa uma viagem, para entender melhor quem ele é, a força da amizade, e que existe algo diferente. Mas a paz no submundo é algo utópico, a mãe dele não perdoa-a a traição. Caída em desgraça aos olhos de Loth e da Rainha Aranha, a única solução é matar Drizzt, e para isso esta disposta a recurrer a um velho sortilégio, que da a possibilidade de ressuscitar alguém e torna-lo um espírito-fantasma, sem emoções, e obediente. A escolha dela não podia ser a pior para Drizzt, o único Drow que amou, e que sentia o mesmo que ele, e o único que o pode vencer em luta. A parte final deste livro é o melhor para mim. Vão ser tomadas decisões interessantes, e gostei mais do cenário. Para ser honesta não achei piada a parte da viagem de Drizzt com Belwar, achei por mais estúpido que possa parecer, deslocada em relação a intriga principal. Neste livro são introduzidas algumas personagens importantes:
Belwar: gnomo, sobreviveu a uma luta com drows graças a drizzt, mas perdeu as mãos. Vai ser ele que ajuda o Drizzt a recuperar o equilíbrio com o seu lado mais escuro. Mas é sobretudo o apoio e amizade, que parecia impossível entre estes seres que nasceram para serem inimigos, que vai marcar a historia, e o Drizzt;
Jarlaxle: drow sem Casa que para sobreviver se tornou um mercenário de sucesso, em parte graças ao gosto pelos rumores e pela intriga. O mais interessante nesta personagem é que de drow típico não tem quase nada, adora vestir roupa coloria, quantas mais joias melhor. E talvez seja esse o seu sucesso: da tanto nas vistas que acaba por ser “invisível”, não parecer perigoso, algo que ele é e muito;
Nota: 8/10










segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Citações sobre livros ou leituras

(...)
Lizzie: "Eu pergunto-me quem descobriu o poder da poesia para espantar o amor."
Darcy: "Achei que fosse o alimento do amor"
Lizzie: "Do amor belo e vigoroso. Mas se é apenas uma vaga inclinação, um pobre soneto o liquidará."
Darcy: "Então o que recomenda para despertar a afeição?"
Lizzie: "Dançar. Mesmo que o par seja apenas tolerável." (...)


"Orgulho e preconceito" - Jane Austen

Citações sobre livros ou leituras

(...)
"A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras são muitas vezes utilizados como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. Orgulho  relaciona-se mais com a nossa opinião de nós mesmos, a vaidade, o que teríamos que os outros pensam de nós." (...)

"Orgulho e preconceito" - Jane Austen

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Livro n.° 29


Titulo: Terre Natale
Titulo original: Homeland – The legend of Drizzt
Autor/a: R. A. Salvatore
Editora: Milady
Paginas: 443
Género: Fantasia
Site autor/a: http://www.rasalvatore.com/
 
Sinopse original:
Drow ranger Drizzt Do’Urden, first introduced in The Icewind Dale Trilogy, quickly became one of the fantasy genre’s standout characters. But Homeland first reveals the startling tale of how this one lone drow walked out of the shadowy depths of the Underdark, leaving behind a society of evil and a family who want him dead. It is here that the story of this amazing dark elf truly began.
 
 
Opinião:
1° livro da série a lenda de Drizzt pertencente ao mundo “Reinos esquecidos”. Este livro tem todos os elementos clássicos de um livro de fantasia: criaturas fantásticas, escola de magia, heróis legendários, mundos misteriosos, escolas de guerreiros … O mundo apresentado é um mundo obscuro, amoral e perverso. Somos introduzidos no submundo, o mundo dos Drows, mais conhecidos como Elfos Negros. Adoradores de Lolth ser maléfico que se alimenta da crueldade, e do engano. A soberana é conhecida como a Rainha Aranha digna representante de Loth. Esta é uma sociedade matriacal, os grandes poderes mágicos são possuídos pelas mulheres, são elas as sacerdotisas, e são elas as chefes das Casas. Estas representam varias famílias, sendo que as mais importantes as 10 primeiras, os outros são considerados plebeus ou escravos. Estão divididas por poderes, n.° de soldados. Raparigas e rapazes são treinados desde crianças para serem grandes guerreiros, assassinos, manipuladores. O lema desta sociedade é: tudo é permitido, desde que não te apanhem. Desde que não existam testemunhas, podem matar, roubar, etc, que miguem ira fazer nada. Apesar de ser um livro de pura fantasia, esta historia tem uma intriga que pode ser considerada um pouco filosófica, no fundo o autor questionar-se sobre a moralidade ou a falta da mesma no individuo. Ao longo do livro seguimos o protagonista desde o seu nascimento até à “libertação” do submundo dos Drows, todas lutas, tormentos, e decisões vitais que vão revelar a sua verdadeira natureza. Protagonista que é a parte inocente, “pura” de toda a intriga. Alguns personagens:
Drizzt: 3° filho da Casa de Do'Urden, nasceu com o finalidade de ser sacrificado a Loth, de forma a colocar em pratica um antigo sortilégio, que possibilitou aos membros desta Casa subir na hierarquia, e não serem apanhados e eliminados. Mas algo acontece e ele já não é morto. Os drows são elfos Negros (literalmente), possuem cabelo branco, e não suportam a luz, mas Drizzt nasce com os olhos violetas, e suporta a luz. A sua educação é violenta, à medida que vai se apercebendo das conspirações, da crueldade e da podridão da sociedade a que pertence, algo nele começa a se revoltar, e apercebe-se que é diferente.
Zaknafein: drows, o mestre de armas mas poderoso, pertence à casa de Do'Urden. É pai de Drizzt, algo conhecido de apenas alguns. Apesar da violência, e ao contrario dos restantes Dows, tem problemas de consciência, que esconde. Tenta incutir os seus valores ao filho, e proteger ao máximo a sua “inocência”.
Alton DeVir: único sobrevivente da Casa destruída pelos Do'Urden, escapa à morte, e toma o lugar do seu “assassino” um feiticeiro conhecido como o sem Rosto. Uma única coisa o move a vingança. Mas cai nas malhas de uma outra Casa que o pretende utilizar.
Casa Do'Urden: a chefe Mãe Malícia, as filhas Maya, Brisa, Vierna, Dinin, cada um pior do que o outro, capazes de matar só pelo prazer.
Guenhwyvar: entidade de um plano astral, criada por um feiticeiro de uma outra Casa que quer destruir a Casa do'Urden, e que acaba por ser companheira e amiga de Drizzt.
Book trailer: achei piada
 
Nota: 8/10

Citações sobre livros ou leituras

Tradução livre
 (...)
A despedida é uma dor tão suave que te diria Boa Noite até o amanhecer... (...)

  William Shakespeare peça: Romeu e Julieta

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Citações sobre livros ou leituras

(...) Cada livro, cada volume que você vê, tem alma. A alma de quem o escreveu, e a alma dos que o leram, que viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro troca de mãos, cada vez que alguém passa os olhos pelas suas páginas, seu espírito cresce e se fortalece.(...)

"A Sombra do Vento"  do autor: Carlos Ruiz Zafón

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Livro n.° 28


Titulo: La prophétie d'Asiès
Titulo original: La prophétie d'Asiès
Autor/a: Belinda Bornsmith
Editora: Cyplog (esta é uma editora online propriedade da autora)
Paginas: 645
Género: Romance paranormal / erótico


Sinopse: La Confrérie des Ombres a lancé son offensive, impitoyable et cruelle, et la race humaine en paye le terrible prix. Entre rivalités et trahisons, la Confrérie connaît toutefois des heures difficiles. Au coeur de la tourmente, Szon, guerrier dzellis, voit sa vie bouleversée par Lily, une humaine retenue en captivité. Son courage, sous une apparence fragile, l'attire étrangement. Une passion qui s'attise de jour en jour et menace de remettre en question... Le combat de toute une vie Kidnappée par Szon aux ordres d'un tout puissant Conseil, Lily se rapproche de ce dzellis qui a peuplé ses rêves durant des semaines - un être différent qui a pris part à la destruction de la race humaine. Pourtant, à son contact, elle se sent renaître et surmonte peu à peu la terrible fatalité qui l'a frappée bien avant cette guerre. Un lien curieux qui se renforce, un lien néanmoins difficile à accepter... Dans un chaos tragique À l'aube de passer de l'ombre à la lumière, la Confrérie arrive à une situation explosive, au seuil d un tournant décisif qui pourrait changer à jamais sa destinée, car lorsqu'une dzellis aux pouvoirs exceptionnels s'oppose avec courage à sa propre race, elle devient... L'espoir de toute l'humanité

Opinião:
2° livro da trilogia: “a Irmandade das sombras”. Este era um dos livros, senão o livro, que eu mais tinha vontade de ler. As expectativas eram enormes, e não fui desiludida. Mas em primeiro tenho que dar os parabéns a esta autora, que começou por se editar, lutando por um sonho, e no ano passado decidiu criar a sua própria editora online, algo que em França começa a ganhar força. Agora espero que não demore muito a escrever o final, apesar de ter consciência que a autora tem outra série em curso, que eu leio, e que provavelmente espera mais 2 anos pelo final. Adorei cada segundo da intriga, as cenas românticas, engraçadas, mais dramáticas, e claro as mais “quentes”. O que eu não gostei: eu sei que a maioria das fãs gosta da capa, mas eu não, acho-a muito cheia, e a letra poderia ter sido um tamanho maior, achei pequena, ou então sou eu que tenho de mudar de lentes. Uma breve introdução à historia: esta trilogia é sobre uma guerra entre humanos e dzellis que durante anos viveram na sombra de forma a sobreviver. Milhares de anos antes foram quase dizimados pelos humanos e os sobreviventes decidiram vingar-se e dizimar a raça humana. No 1° livro eles provocam o caos, e depois uma era glacial, levando à destruição de quase todos os humanos. O 1° livro terminou com a deserção de Ryala guerreira dzellis em favor dos humanos. E a milagrosa gravidez de Jenna a humana que conquistou um dos guerreiros Dzellis que mais odiava os humanos. Estes dois fatores trazem consequências para o 2° livro. Um plano é estabelecido para recuperar Ryala, e esse consiste em raptar um dos humanos com quem se aliou. Mas a chefia da Irmandade pelo Isathin, esta em perigo, os seus inimigos estabelecem um plano para chegarem primeiro e destrui-lo. Começam então varias conspirações entre os Antigos, e outros Dzellis sedentos de poder. Esta intriga é intercalada com outra, a romântica. Szon é um guerreiro dzellis conhecido por detestar humanos, ser mulherengo, e alguém a temer. É irmão do Slaren protagonista do livro anterior. Para ele o rapto seria algo fácil, o que não estava à espera era pela atracção que iria sentir por Lily, nem pelos sentimentos que começa a sentir e com os quais vai lutar. Lily, não é o tipo dele, é humana, e bastante frágil, devido a um acidente ficou parcialmente paralìtica, movimenta-se com ajuda de muletas, e com dificuldade. Gostei da personagem Lily, aparentemente frágil, é uma lutadora. Durante muito tempo teve estranhos sonhos com um homem misterioso. Quando vê o rosto do seu raptor tem um choque, já que o reconhece. Adorei a evolução da relação destes dois, teve de tudo, momentos de ódio, ternura, humor, e muito romance. Neste livro ficamos a saber mais sobre Asiès, a antiga soberana dos dzellis, e da sua profecia. Outros personagens secundários como a Lucille, o Dalen, o Siyin, o Cash ganham mais protagonismo. Aparecem novos personagens como a Ashlyn, uma Dzellis, que é medica e vai manter em estado de coma a Ryala após esta ser apanhada. Continuamos a acompanhar a relação da Jenna e do Slaren. A autora conseguiu surpreender-me, já que o final deste livro, já o esperava, mas como final do terceiro... agora estou em pulgas para ler a evolução da situação, além claro da relação entre a Ryala e o Dalen. Um dos pontos fundamentais deste livro, esta relacionada com a mudança gradual de muitos Dzellis à exterminação da raça humana. Em conclusão, este é um romance explosivo, cheio de informação e de acontecimentos, e com um casal romântico com muita, mas muita química. Quem gosta da autora Lara Adrien ou Shannon k. Butcher, vai adorar esta autora, o problema a autora é francesa, e apenas existe em frances.

Nota: 9.25/10

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Sexo e Fantasia (o titulo pode enganar :) )

Encontrei na net, uma discussão entre um grupo de autores de fantasia, sobre o género e o sexo, a evolução deste nas intrigas e mundo fantastico; influências na sociedade e leitores, etc. Outro assunto esta relacionado com a violência. Achei interessante quando discutiram sobre a reacção dos leitores americanos em relação a esses temas com outros paises. O tema é discutido por 4 autores, ja li 3 a adoro o estilo deles: Patrick Rothfuss; Peter V. Brett; Jacqueline Carey; Robert V. S. Redick  (o unico qua ainda não li). A conversa é muito interessante.
Para quem estiver interessado ver o video:

Musica do dia

Adoro o trabalho deste musico compositor. (a imagem do video vai se tornando mais clara à medida que a musica toca , podendo ver a foto toda no final)

Brian Crain - Dream of Flying 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Citações sobre livros ou leituras

Eu podia citar todo o livro, um dos mais bonitos que ja li.
 (...)E foi então que apareceu a raposa:
- Boa dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho,
que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho.
Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo,
propôs o principezinho.
Estou tão triste...
- Eu não posso brincar
 contigo,
 disse a raposa. Não
 me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse
 o principezinho.
Após uma reflexão,
acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho.
Que quer dizer "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam.
 É bem incômodo!
Criam galinhas também. É a única coisa
 interessante que fazem.
Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos.
Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa.
Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim
senão um menino inteiramente igual a cem mil
 outros meninos. E eu não tenho necessidade de ti.
 E tu não tens também necessidade de mim.
Não passo a teus olhos de uma
 raposa igual a cem mil outras raposas. Mas,
 se tu me cativas, nós teremos
 necessidade um do outro. Serás para
mim único no mundo.
E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender, disse o principezinho.
Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa
na Terra...
- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua idéia.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os
homens caçam-me.
Todas as galinhas se parecem e todos os homens
se parecem também.
 E por isso eu aborreço-me um pouco. Mas se tu me
 cativas, a minha vida será como que cheia de sol.
Conhecerei um barulho de passos que
 será diferente dos outros. Os outros passos 
fazem-me entrar debaixo da terra.
O teu chamará-me para fora da toca, como se fosse
música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos
de trigo? Eu não como pão.
 O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não
 me lembram coisa alguma.
 E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro.
Então será maravilhoso
quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado,
fará lembrar-me de ti.
 E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho
 muito tempo.
Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse
 a raposa.
Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa.
Compram tudo
 pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de
amigos, os homens
não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu sentarás-te
primeiro
um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu olharei para ti
 com o canto do olho e tu não dirás nada.
 A linguagem é uma fonte de mal-entendidos.
Mas, cada dia,  sentarás-te mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa.
 Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde,
desde as três eu começarei a ser feliz.
Quanto mais a hora for chegando, mais eu me
sentirei feliz.
 Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada:
descobrirei o preço da felicidade!
 Mas se tu vens a qualquer momento, nunca
saberei a hora de preparar
o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa.
É o que faz com que um dia seja diferente dos
outros dias; uma hora, das outras horas.
Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito.
Dançam na quinta-feira
com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia
maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores
dançassem qualquer dia, os dias seriam
 todos iguais, e eu não teria férias!
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas,
quando chegou a hora
da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te
fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da
cor do trigo.Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua
é a única no mundo.
Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente
de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente
 iguais à minha rosa, vós não
 sois nada ainda. Ninguém ainda
vos cativou, nem cativastes a
 ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a
cem mil outras. Mas eu fiz dela
 um amigo. Ela á agora única
no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.

- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda.
Não se pode morrer por vós.
Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer
pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém,
mais importante que vós todas,
pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela
que pus sob a redoma. Foi a ela
que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu
matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas).
Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou
 mesmo calar-se algumas vezes.
É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples:
só se vê bem com o coração. O essencial é invisível
 para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho,
a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa
 tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu
o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa.
Mas tu não a deves esquecer. Tu tornas-te eternamente
responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável
pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o
principezinho, a fim de se lembrar. (...)

LE PETIT PRINCE - SAINT EXUPERY

fonte: http://triplov.com/