domingo, 15 de julho de 2012


Titulo:  Je voulais te dire
Titulo original:  My dear, i wanted to tell you

Autor/a:  Louisa Young

Editora: Bakerstreet
Paginas: 418

Género: Romance historico
Site autor/a: http://www.louisayoung.co.uk/

Sinopse original:



A letter, two lovers, a terrible lie. In war, truth is only the first casualty. ‘Inspires the kind of devotion among its readers not seen since David Nicholls’ One Day’ The Times
While Riley Purefoy and Peter Locke fight for their country, their survival and their sanity in the trenches of Flanders, Nadine Waveney, Julia Locke and Rose Locke do what they can at home. Beautiful, obsessive Julia and gentle, eccentric Peter are married: each day Julia goes through rituals to prepare for her beloved husband’s return. Nadine and Riley, only eighteen when the war starts, and with problems of their own already, want above all to make promises - but how can they when the future is not in their hands? And Rose? Well, what did happen to the traditionally brought-up women who lost all hope of marriage, because all the young men were dead?
Moving between Ypres, London and Paris, My Dear I Wanted to Tell You is a deeply affecting, moving and brilliant novel of love and war, and how they affect those left behind as well as those who fight.

Comentario:

Ambientada na 1° guerra mundial, este livro pode ser dividido em 3 fase: antes da guerra, durante e apos a mesma. Tal como o titulo indica este é um livro sobre aquilo que se queria dizer e não se disse, e quando isso era possivel, nem sempre valia apena faze-lo ja que esse momento tinha passado. Existem 2 nucleos de personagens que se acabam por interligar, não so atraves de personagens, mas principalmente de sentimentos e acasos do destino. É um livro que fala de inocencia, de culpa e de perdão, que nem sempre se consigue principalmente quando é a personagem que se deve perdoar e seguir em frente. Narrado na 3° pessoa, mas acesso aos pensamentos importantes das personagens. O inicio é um pouco confuso. Este é um livro de sonhos que foram quebrados.

Riley é um jovem da classe da clase operaria que por um mero acaso tem acesso à classe alta. Sem se poder considerar um empregado, ajuda num atelier de um professor de pintura, este paga-lhe os estudos. Devido a esse incidente vai ter acesso também à casa de um grande maestro. Este e a familia sempre o acolherem como mais um da familia, mas quando ele se apaixona pela filha Nadine e esta por ele, a realidade de classes diferentes aparece. Riley sempre se sentiu dividido entre as 2 classe, mas nunca imaginou que seria epurrado de volta com hipocrisia para o mundo real da sua familia. Apos esse choque bebe demais e é seduzido por um amigo, sentindo-se culpado, envergonhado e desesperado decide alistar-se como voluntario como soldado e ser enviado para a bélgica. Aqui ve-se a inocencia da personagem e de todos os jovens que fizeram o mesmo, todos acreditavam que seria algo rapido uma coisa de semanas, e que estariam de volta, mas a realidade é cruel. A unica coisa que mantem a lucidez de Riley são as cartas que envia e recebe da Nadine. Como ele escreve numa, a guerra faz com que o ser deixe de existir, que sejas reduzido a nada. A culpa da 1° morte, de ver os amigos a morrer à volta, vão tornando riley cinico. E tudo se complica quando é atingido na face e fica desfigurado, enviado para Inglaterra, faz de tudo para que Nadine o odeie e se interesse a outros homens, mas o que consegue é que esta se inscreva como voluntaria pra enfermeira na frente de combate. Os papeis vão de inverter. E quando a guerra termina e devido aos inumeros acaso descobre a verdade, ao inves de ficar chocada com o aspecto de Riley fica furiosa. E o perdão nem sempre é facil. A autora baseia-se em factos reais para explicar as operações plasticas que Riley vai ser sujeito.

O Segundo nucleo: Peter Locke é da alta, increve-se como voluntario por ideais, por inocencia, por romantismo, quer proteger a esposa Julia, vai ser comandante de Riley. Mas o choque da realidade, a morte de um amigo, vai fazer com que se afaste da esposa e que se torne alcoolico. Vai evitar até escrever a Julia, e o que consegue é que esta se sinta cada vez mais so. Julia foi criada para ser esposa, a unica valia que sempre lhe foi dito que tinha era a beleza. Numa das licenças em que o marido foi a casa, portou-se como um estranho e foi bruto com ela. Sem noticias, a unica alegria é o facto de estar gravida, mas nem isso corre bem, com depressão, a mãe retira-lhe o filho, o que amplia mais o sentimento de vazio. Nem Rose a prima de Peter é de grande ajuda. Vai fazer de tudo para que a beleza se mante-lha e o marido volte a olhar de verdade para ela. Rose deve ser a unica personagem que fica contente com a guerra. Nunca foi considerada bonita, sem conseguir um casamento é colocada de lado pela sociedade. Com a guerra vai trabalhar como enfermeira, deixa de ser transparente, sente-se superior a Julia, finalmente sente que tem um lugar no mundo. Vai ser a enfermeira de Riley, e mais tarde trocar cartas com Nadine. O final deste livro acaba por ser feliz, mas se é perfeito? Não, a vida também não é perfeita, tem que ser construida com paciencia, que é aquilo que os personagens tem que fazer. Aceitar a nova realidade, aquilo em que a guerra os transfoemou e não sera facil para nenhum

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Nota:  10/10

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