terça-feira, 29 de maio de 2012


Titulo:  Un inconveniente
Titulo original: The pitfall - The Romance of His Life and Other Romances

Autor/a:  Mary Cholmondeley

Editora: Periférica ( editora espanhola)

Paginas: 72
Género: conto - romance de época

Sinopse: En Un inconveniente Cholmondeley contrapone dos estereotipos femeninos: el de Lady Mary Carden, rubia, elegante, delicada, correcta, cariñosa, dulce, intachable, religiosa, treintañera, y el de Elsa Grey, muy joven, morena, esbelta, hosca, impenetrable, proveniente de una familia problemática, turbia y seductora, con un punto salvaje. Mary y Elsa se ven complicadas en una trama sentimental, cuyos hilos forman triangulaciones posibles. En apenas cinco o seis momentos impecables por su economía, por su medida de las palabras y por su intensidad sensorial, la mirada autocrítica de la autora, su bisturí, saca a la luz, entre los corsés y faldones, las escondidas entrañas de mujeres diferentes. Incluso en la constatación de esa diferencia la modernidad de la autora es apabullante. Cholmondeley no aborda una feminidad única. Su mirada no simplifica… El lector contemporáneo deberá decidir quién es la víctima y quién el verdugo.

Comentario:
Esta autora tem algo que eu admiro, a capacidade de dizer muito com pouco, e alguns momentos chaves bastam para contar uma grande historia. Em 58 paginas apenas, a autora faz um estudo sobre o valor do amor, deixando-nos a nos a escolha e a reflexão sobre quem tem a culpa, o que se deveria ter feito ou dito. Esta historia começa com alguem sentado num quarto que observa pela janela, alguem que se pergunta o que foi da sua vida, aonde estava aquela jovem idealista de vinte anos, e o que deveria ter feito. Lady Mary é a tipica jovem britanica, uma jovem normal, simpatica, que toda sogra quer ver como nora. Ao conhecer Jos idealiza toda uma vida e apixona-se nao so por ele mas pelo sonho de casada. Noivado apoiado pela familia de ambos, mas antes do pedido ele parte para a guerra, mas passados 2 anos do fim desta ele continua sem aparecer, e quando o faz é para lhe apresentar Elsa a noiva. Esta é o oposto de Mary, jovem, bonita, o centro das atenções, e com uma familia com um passado escandaloso. Mary fica sem reacção e quando sabe que Elsa trai Joss com um homem casado e pensa fugir com ele fica na duvida, contara ou não? Acomoda-se na ameaça que recebeu do amante de Elsa, e depois elas até nem são amigas. No dia da fuga tem a possibilidade de falar com Elsa, mas nem uma nem outra falam, o silencio impõe-se. Outro momento chave é quando Joss recrimina Mary de não ter sido amiga e confidente de Elsa, e ela não se defende. O ultimo momento, quando tudo parece indicar que Mary e Jos tenham uma nova opurtunidade, este aparece para dizer que ela é a culpada de tudo, ja que se recusou a aconselhar Elsa quando esta quis falar com ela e por isso ira perdoar e casar com Elsa. Mary nunca se casa. Quem é o culpado? Para mim a Mary tem a culpa de nao se ter defendido. O Joss é um hipocrita, deixa no ar o pedido de casamento, não permitindo que Mary tenha outras opções e aparece com a nova noiva para que sejam amigas?!e claro depois nada mais facil do que culpar a Mary pelo seu silencio e falta de apoio à Elsa, esquecendo-se que a Elsa ignorava esta e cada um tem que se responsabilizar pelas escolhas que faz, o que esta ultima não fez. Podia dizer muito mais, mas o mais evidente aqui foi o facto de a autora querer demonstrar o valor comercial do amor, da omissão de dados, da visão que cada um tem sobre aquilo que acha e que acredita, ou que quer acreditar. Recomendo para quem gosta de Jane Austen versao sarcastica, e não se importa com finais que de felizes não tem nada.

Nota: 10/10

Sem comentários:

Enviar um comentário